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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Culpado até que se prove o contrário

Semana passada fomos ao centro de David pra comprar um deshumidificador e uma t.v. nova, dei a idéia de passar no Audiofoto porque a última t.v. que compramos lá o preço estava muito bom.Mas primeiro passamos na farmácia e comprei algo tão pequeno que nem era preciso colocar na bolsa, mesmo assim a vendedora me deu uma sacola lacrada e com o recibo grampeado pra que comprovasse que eu realmente paguei por aqui.Já estou acostumado com essa coisa de lacrar bolsas, paranóia, mas é coisa do Panamá-Panamenho.

Saímos da farmácia e fomos em direção à Audiofoto, eu com um sorriso na cara, cheio de vontade de ver a nova t.v., Ray estava pensando no deshumidificador porque ajudaria muito com o problema da Asma que ele tem.Ao entrar na loja um segurança me barrou, e me pediu a bolsa –tão pequena que nem uma caixa de Todinho caberia dentro – contestei o comportamento do segurança e ele me disse que eu poderia entrar na loja mas sem a bolsa, pois não me conhecia e eu poderia tentar roubar algo da loja.Ao ouvir isso a chapa esquentou, desci do salto, claro!  Disse-lhe que estava na loja pra comprar isso e aquilo e faria o pagamento em cash, pedi pra chamar o gerente, debati com o gerente, fiquei quase 30 minutos dando explicação sobre o que eu faria na loja e que eu não era um ladrão, e que um ‘’ Bom dia” seria mais interessante à um pedido de “Nada – Consta”.Ainda expliquei que gringos sofrem discriminação por todos os lados no país, pagamos preços mais altos por sermos gringos, e nada é feito, autoridades não fazem nada pra resolver a situação. Mas como não sou Panamenho, o segurança ficou com a razão, mesmo sabendo que eu não tinha feito nada, que eu iria comprar produtos da loja e seria um cliente no futuro novamente, o gerente deu razão ao segurança.Go figure!

Estou aqui já faz quase 7 meses, tem sido um inferno, tento fixar-me nas coisas boas que o país oferece, tento ajudar a comunidade onde vivo, ajudar minha empregada, mas sempre levo na cara todos os dias.Resolvi procurar saber se outros gringos têm os mesmos problemas e sim, discriminação acontece com todos os gringos, a história da loja acontece com outros também e nada é feito. A grande verdade é que muitos Panamenhos odeiam gringos, mas amam o dólar, passam-se de amigos e acolhedores para que nós gringos venhamos morar aqui e pra mais tarde sermos tratados como palhaços. Eu que falo espanhol sofro com estas atitudes, agora imagina os outros gringos que não falam nada, esses sofrem pra caramba.

Ray e eu começamos a buscar um outro local pra morar, estamos loucos pra sair do Panamá.Tentamos Costa Rica e a coisa é pior, e agora estamos falando em Equador, vamos marcar uma visita ao país e ver como é.Estamos considerando Europa também, me dei bem em Portugal, clima bom e não tem essa discriminação que aqui encontramos.Dei a sugestão de Finlândia, passei um tempo no país e não encontrei nada melhor no mundo, tudo funciona, e Turku é uma maravilha de cidade.O que desanima Ray em morar na Finlândia é o frio, mas estamos considerando, aqui não podemos ficar mais.Vamos vender as duas casas e sair.

Revistas como International Living , Scape to Panama, Scape artists e outros adoram falar bem do Panamá, dizem que é o melhor lugar do mundo pra se viver, custo de vida baixo e qualidade perfeito, o que o povo precisa saber é exatamento o que eles não dizem: Discriminação, burocracia pra caramba, obstáculos postos à gringos para tirar dinheiro dos mesmos e muitas outras coisas.

O lado bom de estar aqui na américa central e passar por estes problemas todos é que posso analizar meu Brasil e firmemente dizer que não somos um país de terceiro mundo!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Viação canela

Consegui uma extensão pra meu visto, tenho mais 3 meses.Agora preciso renovar minha habilitação, a cada três meses eu também preciso renová-la.Um custo total de 70 dólares, 4 horas de espera na imigração e 2 horas de espera no ministério de transporte terreste pra tirar a carteira.

Sem carteira nova pra sair de carro eu resolvi pegar a bike e ir até o mercado. fui cheio de vigor, pedalando rápido pra caramba, e foi quando eu vi a polícia me mandando parar no acostamento:

 

Tiago: Então, como posso lhe ajudar senhor policial?

Policial: Você fala espanhol? não é gringo?

Tiago: Sou brasileiro, sou gringo sim senhor.Mas diz aí o que está acontecendo.

Policial: Bom, primeiro você não tem placa na bicicleta, quero ver o registro do veículo e sua permissão pra conduzir a bicicleta, por favor.

Tiago: Placa na bicicleta? veículo? permissão pra conduzir bicicleta? what the f…?

 

Em resumo, aqui no Panamá a bicicleta é um veículo, e assim como carros, é preciso ter um tipo de carteira pra andar com elas, seria lecencia de manejo tipo A, e é preciso ter uma placa na bike e um registro do “veiculo.” Eu, como não tenho nada disso, nem sabia, e ao tomar conhecimento do assunto não consegui conter meu riso e desabei na gargalhada na frente do policia, por consequência disso eu fiquei sem bike.Isso mesmo.O cara levou minha bike do camburão.Eu não sabia o que fazer. Vou tirar uma carteira tipo A, e vou pagar uma multa e terei a bike de volta.

Sobre a placa, como terei uma placa na bike se nem mesmo no meu carro eu tenho? Parece loucura, mas esse ano, os carros novos aqui não tem placas porque o Panamá simplesmente não produziu lata suficiente pra emplacar os veículos.Me pergunto o que os presos fazem na prisão que não produziram placas.Parece brincadeira…

 

Tô andando de viação canela no momento!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Educação no Panamá

Essa semana preciso renovar meu visto de estudande, sei que vou ficar no mínimo 3 horas na imigração em David, já vou preparando meu lanche básico.

Na verdade eu não estudo no Panamá, embora tenha ido à universidade pra me matricular e tinha mesmo intenção de estudar aqui. A qualidade do ensino me desanimou, é bem fraco mesmo, e me parece que isso não vai mudar tão cedo.Me lembro que não tive que fazer nenhum tipo de prova pra ser aceito na universidade, nem mesmo tive que comprovar que tinha cursado o ensino médio no Brasil.Apenas escolhi um curso, me matriculei e pronto.

O idéia de se conseguir um visto de estudande era pra me ajudar a morar aqui, como meu parceiro e eu tivemos que sair do Brasil pois ele não conseguiu o visto permanente por união estável,  o Panamá foi a salvação. É fácil de conseguir visto permanente aqui, basta investir n país, comprar casa, ou simplesmente demostrar que você tem uma fonte de renda estável, ou seja, algo que venha do governo. Ray está como jubilado, uma forma de aposentado, e tem descontos em quase tudo que compra no país, uma regalia que chama à atenção de muitos pra morar aqui.

 

Sobre a educação, me lembro que uma das professoras do curso superior me perguntou se eu tinha estudado geografia e história no Brasil.Fiquei pasmo com aquela pergunta.Imagina! Depois descobri que aqui é normal para uma pessoa com 15 anos ter se formado até o ensino médio.Eles não têm base nenhuma, é possível ver a falta de instrução no dia-a-dia. Segundo me informaram, o panamenho precisa fazer um cursinho pra trabalhar de operador de máquina de xerox, e se algo acontecer com a máquina que ele está autorizado a usar, o carinha precisa fazer uma reciclagem ou dar um upgrade em suas técnicas pra poder usar a nova máquina de xerox. Parece coisa de louco, mas é fato. Então eu resolvi não estudar na universidade aqui, pois o nível seria mais baixo que o nosso ensino médio no Brasil, embora eu teria um diploma universitário. Eu prefiro ter o conteúdo, aprender algo à ter um pedaço de papel, um título.

O problema no sistema educacional reflete na cultural local, imagina que aqui é “normal” que pessoas cortem fila, que passem na frente sem mais nem menos.Sempre que estou no mercado ou em bancos encontro um que queira passar em minha frente,mas comigo não cola. Outras vezes encontro senhoras tentando cruzar a rua e ninguém para ou reduz a velocidade, ninguém oferece ajuda, e se alguém lhe esbarrar na rua, não espere um pedido de “desculpas” pois não vai escutar nada. É mesmo uma sociedade bem gelada e pobre em educação e gentileza.

Com pouca instrução o panamenho precisa a se submeter a trabalhar por quase nada, imagina que há pessoas que oferecem serviços por 1,50 dólares por hora.São pagamentos absurdos, sub-humanos, não sei como fazem pra comer, apenas sobrevivem, não têm sonhos, não almejam nada, apenas sobrevivem.É bem triste. Minha empregada, uma jovem de 23 anos, tem filho e ainda mora com a mãe.Lhe pago 18 dólares por dia, vem duas vezes por semana pra limpar a casa.Sei que muitos pensam que pago demais, mas não posso compactuar com o trabalho sub-humano que há por aqui.Lhe ensino a cozinhar, faço pratos internacionais pra que ela tenha conhecimento do que há no mundo, falamos de outros países, imagina que ela não sabia o que era Rússia, pensou que fosse um pão.Nunca vi ninguém tão “cru” em toda minha vida, nem mesmo em Angola, mas com tanta vontade de aprender.Estou traduzindo “O Cortiço” pra ela, toda semana lhe dou um capítulo novo, ela diz que está adorando e me agradece por lhe mostrar que não há somente o Panamá.

O Panamá precisa de ajuda, precisa educar seus filhos e salvar a nova geração, a bola de neve não pode crescer mais.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

El Bajareque

O pessoal no Brasil sempre me pergunta se aqui também está fazendo muito frio já que no Rio o inverno este ano está bem rigoroso. Aos poucos estou aprendendo sobre o clima aqui no Panamá, mas pra já posso dizer que não temos inverno pois estamos localizados bem pertinho da linha do Equador.

Sem inverno e as outras estações do ano, pra muitos, a vida aqui pode ser uma chatice. Pra quem mora na capital e no centro do país é bem difícil, a temperatura é sempre alta, durante as tardes a coisa fica muy caliente mesmo, e as noites são frescas.

O clima aqui é bem complexo, há lugares frios, frescos, sempre húmidos, secos, semi-secos, e essa mudança no clima tem uma grande influência na Fauna e FloraHá locais onde a vegetação é quase nula, de fato é possível encontrar deserto em certas partes do país. Na região central, lá pelas bandas de Penonomé, Agua Dulce e Santiago, o clima é sempre quente, seco e em função disso o progresso está chegando bem devagar por lá.Sem ar-condionando não há quem viva por lá.

Cheguei aqui em  março, naquela altura era a época de seca, às vezes tinha que passar hidratante no corpo todo para evitar que a pele ficasse seca, e sempre tinha a sensação horrorosa que iria chover pela manhã, mas na verdade o céu estava azul, sem nenhuma nuvem.Foram tempos bem complicados, não conseguia evitar a angústia que sentia por sentir falta da chuva, falta do cheiro de terra molhada e do auxílio pra tentar fazer a grama crescer.Desisti de tentar manter a grama molhada, o sol me derrotou. O pessoal sempre me dizia que eu não sabia o que eu estava falando quando pedia chuva, diziam-me que eu iria me arrepender pois aqui chuva causa caos, pra mim era tudo lorota, imagina se eu iria acreditar que teria chuva num local tão seco como esse. Agora eu quero a época seca, a coisa está mesmo feia por aqui, chove muito na américa central,ao ponto de levar tudo que há pela frente.Aqui a chuva forte tem até nome, El Bajareque!

El Bajareque veio fraquinho até agora, mas foi o suficiente para levar milhões de dólares que o governo investiu para tentar controlar o nível de água nos rios aqui em Boquete.Foram meses de muito trabalho, longas horas de planejamento com engenheiros, um correria pra terminar tudo antes da época de chuva, mas tudo foi por água abaixo, literalmente. 3 horas de chuva contínua foi suficiente para levar casas, estradas e mudar toda uma paisagem.Por incrível que pareça eu estava tirando fotos para o colocar no Blog, tive a chance de tirar fotos das casas, rios e outros locais antes e depois da chuva, a tragédia foi bem grande e os danos foram muitos.

A regra geral aqui é não morar perto de rio e não tentar mudar o curso do mesmo, mantê-los limpos é tarefa de todos.A força comunitária em Boquete é bem grande, e o otimísmo que as pessoas têm é fantástico.Portanto, hoje passei pelas áreas afetadas pela enchente e vi novos engenheiros fazendo novos projetos, as casas que restam por lá já se encontram limpas, novas flores serão plantadas e os boquetenhos dizem que as novas obras serão mais eficientes e tudo ficará mais bonito.

 

Este hotel era mesmo um sonho!

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The Rock, um ótimo restaurante, reconstruído e inaugurado essa ano.A chuva o tinha levado há uns anos atrás.

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Resultado dos milhões investidos para tentar controlar o nível de água durante temporada de chuva.

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Cidade lindinha!

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As cenas abaixo foram capturadas 3 horas depois no mesmo dia:

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Lembra de trazer um guarda-chuva se passar por aqui!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O tal Canal do Panamá e mais um pouco.

 

Foi mesmo uma grande emoção estar de pé alí pertinho do Canal, algo que só ouvia falar e via fotos nos livros e internet.Uma obra fantástica.

Quem poderia imaginar que um oceano seria mais baixo que o outro, afinal, tudo é água.Mas a verdade é que o pacífico é bem mais profundo que o atlântico e por isso é necessário ter essas comportas para elevar a água até o nível do atlântico.

A velocidade que as comportas se enchem é incrível, não demora nada mesmo, é apenas um instante para trancar as barreiras e elevar o nível de água, e assim os barcos se vão rumo ao atlântico ou vice-versa. São bombas gigantescas que fazem o trabalho, nunca param , um navio atrás do outro.

Me parece que o sistema de pagamento é feito no momento que o navio se aproxima do canal, é preciso que o capitão do navio entre em contato com o pessoal do canal informando tamanho, peso e a localização exata do navio, assim, o pagamento é efetuado, cada container custa mais ou menos 200 dólares, esse é o preço mínimo.Aquele navio  Crown Princess de cruzeiro deixa mais ou menos 141,344.91 dólares todas as vezes que passa por aqui quando está lotado. O capitão do navio sai do comando e um funcionário do Canal guia o navio até o outro lado do Canal, e com ajuda de máquinas terrestes, o navio é carregado em marcha lenta, com bastante cuidado até o outro lado. O Canal gera um valor tão alto que se não houvesse corrupção no Panamá e se a verba fosse dividida corretamente, seria suficiente para dar conta de todo o país, as outras  receitas seriam outros lucros. E toda essa obra do canal foi feita pelos Estados Unidos e dado para o Panamá, hoje eles fazem um trabalho melhor que os americanos faziam no passado.

É interessante entrar em um super mercado no Panamá e encontrar coisas de Rússia, Japão, Austrália, ou seja, produtos de toda a parte do mundo, afinal, este é o portal mundial, tudo passa por aqui. Imagina que produtos brasileiros são trazidos para cá e vendidos por menores preços.Me lembro que um EcoSport 2005 no Brasil valia mais ou menos uns 50 mil reais, aqui, um Ecosport 2010, automático, completo, carro que é feito somente no Brasil , ele sai por mais ou menos de 15 à 18 mil dólares.E o imposto veícular custa 40  dólares ao ano, dependendo do carro pode ser uns 20.Sempre compro produtos brasileiros com preços mais baratos aqui e fico frustrado, não sei porque as coisas no Brasil são mais caras.

A antiga zona militar – mais conhecida como zona do canal- é muito diferene do resto da cidade.Antigas contruções, casas e bairros com muita influência americana, pouco à pouco o panamenho está fazendo novo uso dos antigos prédios que foram usados pelo poder militar dos Estados Unidos.Andar por esta zona é um verdadeiro banho de história, e durante a noite a coisa fica mais interessante, às vezes tenho a impressão de escutar gritos de revoltas contra o militarismo americano que aqui esteve no passado. Hoje, o Panamá acolhe muitos gringos, principalmente americanos, por isso, é muito comum encontrar alguém falando inglês por toda a parte, o americanísmo é muito comum por aqui, as próprias leis panamenhas são bem parecidas com  o sistema americano.

O modo de vida aqui não é bem latino, pelo  menos eu não vejo assim, o povo é muito mais recatado, às veze até bem gelado, não se vê mulheres com roupas que mostram bastante a curvatura feminina, aqui homens não andam sem camisa na rua, pois é crime, seria atentado ao pudor, se você vai à praia, tem que ir de camisa até a praia e chegando lá tira a camisa, e quando sair da praia, tem que vestir a camisa de novo pra vir pra casa. Quase não se encontra homens com brincos, cabelos pintados, tattoo…nada disso. Há uns anos atrás, cerca de 5 anos, me falaram que pra entrar em qualquer estabelecimento homens tinham que estar com camisas que tinham gola alta, com botão, e calça social, ao contrário não passariam da porta.Ainda hoje apenas gringos andam de bermundas na rua, o panamenho continua na social, mesmo com o calor que faz em certas partes, gola alta e sapatinho social.E me parece que as  mulheres ainda não têm todo o direito aqui, um amigo norte- americano- mexicano casado com uma panamenha quis abrir uma conta no banco aqui e colocar a esposa como primeiro titular, a resposta que a gerente do banco lhe deu foi ridícula:” Ela é uma mulher e você é o homem da casa, a conta tem que ficar no seu nome, mesmo ela sendo Panamenha!”, e isso veio de uma mulher. Ele fez um discurso básico no banco mas não adiantou, a conta ficou com o nome dele no primeiro titular.

“Adaptação, nova cultura, aceitação, perseverança e paciência” – esse é o meu mantra!

 

 

Canal Miraflores

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Bem ao fundo nota-se um terreno de cor vermelha, algures alí será o novo canal, bem mais largo, mais fundo e assim poderá receber navios maiores.A obra já foi iniciada.

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Meu amigo no contra-luz!

 

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vivo em Boquete, no bom sentido, é claro!

Até parece sacanagem quando digo que estou morando em uma cidade com um nome tão pornografico como este, Boquete.Sim, eu estou em Boquete, a coisa pega muito mal mesmo.

Então, a cidade fica bem ao fim do Panamá, perto da fronteira com Costa Rica.Cidade pequena, de ar puro, tantos estrangeiros que nem parece Panamá, mais parece centro de reunião da ONU.É inacreditável a quantidade de idiomas diferentes que se escuta pelas ruas aqui.Acho que o Panamá se resume mesmo em um país em desenvolvimento e acolhedor de todas as nacionalidades.

Depois de 5 meses sem contato com brasileiro eu achei uma carioca aqui pertinho de casa, esse domingo vamos fazer um churrasco pra animar e colocar o português em dia. É incrível como tem brazucas por todos os lados, nunca pensei em achar brasileiros aqui.Geralmente quando se fala em Panamá o pessoal pensa no Canal do Panamá e em ótima conexão para quem vai para Estados Unidos,  só isso!

Aos poucos estou me acostumando com a vida latina, mas tem dia que é bem difícil, o povo na américa central é muito relaxado, bem bahiano mesmo, às vezes até mais relaxado, pra quem vem do Rio, um estado frenético e aqui uma total calmaria, é preciso um tempo pra entrar na vibe do país.

 

Essa placa é um máximo!

 

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Centro de Boquete.

 

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Aqui pertinho de casa, uma das maravilhas!

 

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Panamá é rico em beleza natural, a população é muito protetora da natureza, todos os rios têm água potável, esgoto aqui é enterrado.

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